Par de pinturas a óleo sobre tela, medindo 48 x 73 cm sem moldura e 58 x 83 cm com moldura, representando dois curiosos interiores de cozinha do pintor Antonio Crespi (Bolonha 1704 – 1781). As pinturas que estamos examinando são exemplos brilhantes da pintura emiliana do século XVIII e, sem dúvida, devem ser atribuídas ao pintor Antonio Crespi (Bolonha 1712 - 1781); o pintor retrata um tema muito querido na pintura dos séculos XVII e XVIII e, com um gosto totalmente pessoal, destaca panelas, cântaros, pratos e diversos alimentos; tudo é exposto e não retratado como uma cozinha realmente estaria disposta. Não é por acaso que as donas de casa que trabalham parecem entrincheiradas atrás dessa barreira de objetos. Antonio Crespi, filho do grande pintor do início do século XVIII Giuseppe Maria, cresceu na oficina do pai e se esforçou para assimilar o estilo, à medida que evoluía nos anos 20 do século, apoiado e ajudado principalmente por uma aproximação da verdade muito superior e significativa. Obras executadas apenas por Antonio se explicam inteiramente e facilmente por aquela cursividade um pouco fácil e grosseira que salta logo aos olhos, mas também por aquele empenho febril nos ornamentos e nas descrições minuciosas de roupas e objetos ou pelos traços fisionômicos. As pinturas em questão são um documento importante da melhor veia de Crespi, porque exibem um ímpeto luminístico de brilhante habilidade; isso acontece porque, sem dúvida, a melhor parte da atividade do nosso pintor é aquela que diz respeito à retratística, tanto de personagens quanto de objetos, que levou adiante com constante empenho, chegando a uma peculiaridade de modos que marca uma fase significativa no desenvolvimento do gênero, com lúcido prenúncio da fineza executiva dos neoclássicos, devido também a uma larghezza de empastos e uma perspicácia de definição que são todas prerrogativas típicas da grande pintura italiana e do próprio Antonio. As duas telas que aqui estamos observando parecem remeter ao gosto naturalista das últimas décadas do século XVIII, graças a uma pintura diligente e muito cuidadosa destas duas cozinhas e a uma escrupulosidade cartusiana na representação das donas de casa. Crespi foi um grande amante da pintura humilde, ou seja, de telas retratando comidas ou objetos inerentes à cozinha, presenteando-nos com a imagem de um artista seguro de si, descarado, livre de esquemas já preparados, pelo contrário, ele desenvolve um novo modo de pintar capaz de realçar o gosto dos valores táteis. As pinturas e os objetos de arte aqui publicados são de minha exclusiva propriedade e, consequentemente, estão sempre disponíveis para serem vistos pessoalmente, mediante agendamento prévio, em minhas sedes expositivas situadas em Sanremo e Bréscia. A obra, como qualquer objeto nosso, é vendida acompanhada de um certificado fotográfico FIMA de autenticidade e procedência lícita; este documento identifica o objeto, agregando um valor adicional ao artigo. Nós cuidamos e organizamos pessoalmente a embalagem e o envio das obras de arte com seguro para todo o mundo. Dr. Riccardo Moneghini Historiador da Arte